domingo, 6 de fevereiro de 2011




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M A K S ...W E I S E L
EXEMPLO.. DE.. VIDA





Um povo sem passado
É um povo sem futuro



Neste mundo nada é estático. Tudo muda, molda-se, originando outros valores. E os primeiros valores vão sendo relegados a um segundo plano, caindo em desuso e finalmente, são varridos da memória humana por perderem a finalidade essencial pelo que existiram. Acabam sendo totalmente exterminados. É como dizia o poeta, “morrer totalmente que nem o nome subsista na memória de quem quer que seja...”

O fato que desejamos abortar é a fase inicial do desaparecimento de algo, especificamente neste caso, uma das fases do automobilismo em Piracicaba.

Com a introdução dos veículos a explosão, em especial os carros, novos valores foram surgindo e agregados dentro da sociedade. Foi ele elemento de originou destaque dentro das classes mais abastadas, um elemento diferencial entre a nobreza e “os outros”. Também não deixou de representar o status de poder e força nestas fases iniciais.



Se de um lado tinha toda esta representatividade, os homens que o dominavam também viam nele algo que deveria ser aprimorado, lapidado, até que atingisse novos valores.

De um mero veículo com quatro rodas, onde seus ocupantes eram submetidos às intempéries, seu interior foi se aprimorando, atingindo conceitos melhores de conforto e beleza.

De seu motor onde era necessário girar a manivela para colocá-lo em funcionamento, aprimoramentos continuaram a ser feitos, onde hoje simplesmente aperta-se um botão, e seu coração começa a rugir.

De seu início com “gigantesca” capacidade de se fazer seus vinte, trinta quilômetros horários, hoje as velocidades habitualmente atingidas situam-se na escala dos cento e cinquenta a trezentos quilômetros horários. Em carros experimentais, o recorde situa-se acima de 1200 Km/h.
Seu preço antes proibitivo, cada vez mais foi diminuindo, sendo acessível de aquisição por uma grande fatia da população.

Esta ascensão que ocorreu em pouco mais de um século de existência, deve-se muito aqueles inconformados, que não se satisfaziam com o que era habitualmente oferecido, procurando sempre novos limites, almejando sempre novos valores.

Nas primeiras fases do automobilismo existia um certo glamour. Os valores sociais eram outros. E havia uma certa magia que envolvia aos fatos desconhecidos. Com o decorrer do tempo, ela foi esvaindo-se, com o desaparecimento das corridas de rua. A obrigatoriedade do uso dos autódromos, da tecnologia invadindo a capacidade mecânica dos pilotos e seus mecânicos fez sucumbir mais uma fase do automobilismo. Hoje, o que existe é o domínio do computador sobre a máquina. Raras são as competições que possuem ainda um certo glamour, como o rally Dakar, antigo Paris-Dakar.



Se antes as primeiras corridas faziam-se pelas estradas européias, logo ao início do século XX elas foram proibidas, visto ao risco de atropelamentos e mortes que levavam aos que as assistiam.
Esta proibição somente veio a acontecer no Brasil na segunda metade do século XX. Até nesta fase eram aceitas as corridas de rua, dentro das cidades. Não havia profissionalização entre os corredores, somente os novatos e os mais experientes. Os carros eram patrocinados pelas fábricas. Mas havia aqueles que retiravam valores do bolso e iam à luta.




Maks Weisel foi um destes corredores. Abraçou Piracicaba como seu torrão natal, e entre sangue e lágrimas, erigiu o monumento que é sua vida. Destemido, sangrando os próprios bolsos para manter seu carro, foi um dos audazes pilotos ainda desta “fase romântica final” do automobilismo. Enfrentou as célebres corridas de rua não só em Piracicaba, mas em diversas cidades do Brasil. Teve suas glórias e decepções, sucessos, frustrações e angústias. Defendeu o automobilismo competitivo com extrema garra. Agiu tentando estabelecer um autódromo em Piracicaba.



Neste seu depoimento está o condensado de sua vida. É apenas uma breve visão de toda a trilha percorrida por este gigante.



Mais uma vez Piracicaba embala em seus braços um filho adotivo, e esta Noiva da Colina pode jactar-se de ter Maks Weisel entre os de sua prole, assim como muitos outros.



É por isto que orgulhosamente dizemos que ”que bebe água desta cidade sempre acaba voltando, e quem aqui está, invariavelmente colabora para sua grandiosidade como modo de agradecer aos frutos que dela colhe...”






Para ouvir o depoimento de Maks Weisel
acione o seguinte endereço:


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